mobilidade urbana

Moradores reclamam das más condições das ruas

Joyce Noronha


Fotos: Lucas Amorelli (Diário)
Rua Antônio Lozza, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, é de calçamento e recebeu reparo paliativo com asfalto

Ser motorista vai muito além de cuidar a sinalização de trânsito, os pedestres e outros veículos. Também é preciso ficar atento às condições da via para não cair em buracos. Entre as reclamações recorrentes de leitores ao Diário, a situação de ruas e avenidas está no topo da lista, principalmente nas vias que são de calçamento de pedras.

No Bairro Nossa Senhora de Lourdes, os moradores reuniram-se para fazer uma reclamação junto à Ouvidoria da prefeitura para pedir a melhoria de três ruas: João Rolim, Conrado Hoffmann e Antônio Lozza. Essas vias são de calçamento e receberam reparo paliativo com asfalto.

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O representante comercial José Luis Alves, 50 anos, é um dos moradores que participou da iniciativa e diz que o conserto feito é provisório. Ele comenta que faz cerca de três anos que os moradores da região pedem o reparo das ruas, mas sempre recebem a mesma resposta da prefeitura: não há calceteiros (profissional que trabalha em vias de calçamento de pedras).

- Nós vamos ficar monitorando esse trabalho feito aqui. As pedras estão soltas, e vemos quando alguns motoristas descem do carro para tirar as pedras do caminho para não estragar os carros. Com esse asfalto que foi colocado, logo vem uma chuva e varre tudo embora - avalia Alves.

A sugestão do representante comercial é que a prefeitura entre em contato com cursos de extensão das universidades ou com o Sistema S (Senac, Sesi, Sesc) para criar uma capacitação de calceteiros.

QUASE SEM ÔNIBUS
As condições das ruas incomodam, também, os motoristas do transporte coletivo, como conta a vendedora de produtos consignados Amanda Barros, 20 anos. Moradora do Bairro Chácara das Flores, ela diz que, na semana passada, o motorista do ônibus avisou que não faria mais todo o percurso na Rua das Marcelas por causa das condições da via. 

- Eu pego o último ônibus de volta para casa, às 23h30min, depois que saio do curso, e moro no topo do morro. Como eu vou subir sozinha até lá? - questiona.

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No local, a prefeitura também usou asfalto nos buracos da Rua das Marcelas, que é de calçamento de pedras. Amanda diz que, agora, o transporte coletivo segue com todo o itinerário, mas o motorista avisou que se as condições voltarem a ficar ruins, há chance de suspender parte do trajeto.

PREFEITURA DIZ QUE ACOMPANHA A SITUAÇÃO

O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Paulo Roberto de Almeida Rosa, diz que as quatro ruas citadas nesta reportagem receberam a massa asfáltica nos últimos 10 dias, como intervenção para garantir o restabelecimento da trafegabilidade. Esse reparo é paliativo, de acordo com o titular da pasta, e tem como objetivo minimizar os transtornos causados pelos buracos, muitas vezes ocasionados por veículos com excesso de peso.  

Ele informa que uma vistoria será feita nas ruas citadas pelo Diário para que seja avaliada a situação dos locais. A partir disso, conforme a disponibilidade da Secretaria, a pasta deve retornar aos locais para realizar as intervenções necessárias.

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Almeida Rosa diz que não há, no momento, possibilidade de contratação de calceteiros, que são os profissionais que realizam a manutenção dessas ruas. A Superintendência de Comunicação da prefeitura comenta que a impossibilidade de contratação de calceteiros é pela falta de profissionais no mercado e pelo orçamento reduzido da prefeitura.

MUDANÇA EM OUTRA VIA ESTÁ EM AVALIAÇÃO
Além da situação na Rua das Marcelas, no Bairro Chácara das Flores, o Sistema Integrado Municipal (SIM) também monitora a situação da Rua Ary Lagranha Domingues, onde fica o Hospital Casa de Saúde, no Bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. De acordo com o gerente operacional do SIM, Cristiano Andretta, essa via também está em péssimas condições, e os veículos do transporte público acabam sofrendo danos por isso.

Andretta diz que, se a via não receber conserto nas próximas semanas, há chance de algumas linhas que utilizam a rua mudarem o itinerário. Ele diz que vai reforçar o pedido de reparo com a prefeitura para que os usuários não sejam atingidos.

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Sobre a Rua Marcelas, no Bairro Chácara das Flores, Andretta explica que o monitoramento é constante e há sim a chance da linha não fazer todo o percurso.

- Tivemos um ônibus que teve o pneu cortado nas pedras naquela rua. Não fazer todo o itinerário é para evitar danos nos veículos, e também por questão de segurança, dos funcionários e usuários - diz o gerente operacional do SIM.

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